segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Reforma do Século XVI

A REFORMA DO SÉCULO XVI

ISRAEL GUEIROS

Nos dias 29, 30 e 31 de outubro tivemos a comemoração da Reforma na Igreja Presbiteriana do Recife, quando falaram os Revs. HAROLD DENNIS LEAMAN, PORFÍRIO GUEIROS e Dr. ISRAEL GUEIROS. As Conferências se relacionaram com a Teologia da Reforma do Século XVI em conexão com a Teologia da Reforma do Século XX.

Ao reunir-se o VI Congresso Mundial do Concílio Internacional de Igrejas Cristãs, em agosto de 1965, na cidade de Genebra, na Suíça, requeremos do CIIC, que sugerisse a fundação de Associações Denominacionais que congregassem os Indivíduos e Igrejas Fundamentalistas de cada Denominação Evangélica.

Cada Grupo representado, reuniu-se e elegeu uma Comissão Organizadora. No final do Congresso foi declarada fundada a Associação Internacional Presbiteriana e Reformada. Nunca, porém, nos foi possível superar as dificuldades para termos uma Reunião exclusivamente de Presbiterianos e Reformados.

Somente em julho de 1975, em Nairóbi, Kênia, quando da Reunião do XI Congresso Mundial do CIIC, tivemos a oportunidade de nos reunir, ocasião em que foram apresentadas várias teses sobre a Doutrina Reformada e a História da Confissão de Fé e dos Catecismos da Assembléia de Westsminster.

No Estudo que tivemos o privilégio de apresentar, assim nos expressamos:

Aqui estamos para estudar os Princípios encontrados na Palavra de Deus que inspiraram os Reformadores do Século XVI, que são os mesmos que nos inspiraram hoje como os Reformadores do Século XX, de Incredu- lidade e Apostasia.

Consideremos o granítico Fundamento dos Reformadores - A Palavra de Deus.

Os Princípios da Reforma do Século XVI são precisamente os mesmos que têm inspirado os verdadeiros Cristãos que estão lutando contra a Apostasia nestes últimos séculos, senão vejamos:

1. A Soberania de Deus.

2. A Providência de Deus.

3. A Presciência de Deus.

4. Salvação só pela Graça através da Fé.


5.
Os Cinco Pontos do Calvinismo
:

a) A Inabilidade Total do Homem;

b) A Eleição Incondicional;

c) A Expiação Limitada;

d) A Graça Irresistível;

e) A Perseverança dos Santos.

Quando consideramos os Ramos Reformados que houve na Batalha do Século XVI, chegamos à conclusão de que a Batalha Espiritual do Século XX, contra o Modernismo e a Apostasia, não tem Fundamentos diferentes dos do século XVI.

Nosso propósito não é apresentar um novo Sistema Teológico; porém, apresentar uma reafirmação da Fé Reformada como foi aceita por JOÃO CALVINO e muitos outros Grandes Reformadores do Século XVI. Tentaremos apresentá-la como o Ensino da Bíblia recebido pela Fé sem contradizer a razão.

Pouquíssimos Teólogos hoje dão real atenção à Doutrina da Predestinação, mesmo aqueles que, se supõe, deviam aceitá-la e propagá-la.

As normas oficiais dos vários Ramos das Igrejas Presbiterianas e Reformadas na Europa e América são Calvinistas. Os 39 Artigos de Religião das Igrejas Episcopais Anglicanas são Calvinísticos. Até alguns Metodistas de Gales chamam-se a si mesmosMetodistas Calvinistas”. Muitos dos Grandes Teólogos do século XVI advogaram, com entusiasmo, a Doutrina da Predestinação e lhe deram muita ênfase. LUTERO, MELANCHTON, WICLIFFE, ZWINGLIO, BULLINGER e BUCER, mesmo diferindo em muitos outros pontos, concordaram na Doutrina da Predestinação. Mesmo a Igreja Católica Romana concordava.

AGOSTINHO foi um dos Grandes Teólogos que enfatizou que a Soberania de Deus e a Doutrina da Predestinação devem entrar na da Igreja Geral. Podemos afirmar que todos os Grandes Teólogos como AGOSTINHO, WICLIFFE, LUTERO, HODGE, DABNEY e KUYPER ensinaram a Predestinação com grande entusiasmo.

Predestinação está na Bíblia, mas foi ensinada e apresentada por CALVINO com tanta clareza e conhecimento lógico das Escrituras, que aceitamos o nome de CALVINO na Predestinação como se a Doutrina fosse sua. Doutrina Calvinista significa aceitação do que a Bíblia ensina sobre a Soberania de Deus e Predestinação. Agora, podemos considerar os Pontos Principais aceitos por CALVINO, começando com a SOBERANIA DE DEUS.


A Soberania de Deus

''No princípio Deus..." Gênesis 1:1 - No princípio a Perfeita Sabedoria. No princípio, EU SOU. No princípio “EU SOU DEUS E NÃO HÁ OUTRO.”

Eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a Mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antigüidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O Meu Conselho será firme e farei toda a Minha Vontade. Que chamo a ave de rapina desde o Oriente, e de uma terra remota o homem do Meu Conselho; porque assim o disse, e assim o farei vir; Eu o formei e também o farei.” Isaías 46:9-11.

Haveria coisa alguma difícil ao Senhor?....” Gênesis 18:14.

Tudo o que o Senhor quis, fez, nos Céus e na Terra, nos mares e em todos os abismos.” Salmo 135:6.

Todas essas passagens confirmam a Soberania de Deus e tanto o Velho como o Novo Testamentos estão plenos da apresentação de Deus como o Único Soberano. O Salmo 29:10 nos diz: “O Senhor se assenta como Rei, perpetuamente.” E em Romanos 9:15-23: “Pois diz a Moisés: 'Compadecer-Me-ei de quem Me compadecer, e terei misericórdia de quem Eu tiver misericórdia'. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que Se compadece. Porque a Escritura diz a Faraó: 'Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o Meu poder e para que o Meu Nome seja anunciado em toda a Terra'. Logo, pois, compadece-Se de quem quer, e endurece a quem quer. Dir- me-ás então: 'Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à Sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá aO que a formou 'Por que me fizeste assim?' Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a Sua ira e dar a conhecer o Seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; Para que também desse a conhecer as riquezas da Sua glória nos vasos de misericórdia que para a gloria já dantes preparou."


A Providência de Deus

HENRY CLARENCE THIESSEN, em seu Estudo que denominou Estudos Introdutórios à Teologia Sistemática, na p.177, apresenta uma definição da Providência:

Etimologicamente a palavra Providência significa 'Presciência'. Dessa idéia básica se tem desenvolvido a significação da Presciência ou Providência para o futuro. Porém, em Teologia, a palavra recebeu uma significação mais especializada. Nesse campo, Providência significa que continua a atividade de Deus por meio da qual Ele faz com que todos os fenômenos físicos, mentais e morais realizem Seu Propósito, e que esse Propósito nada mais é do que o Desígnio Original de Deus na Criação. Podemos ter a certeza de que o Mal entrou no Universo, porém que lhe não foi permitido que impedisse o Propósito Original de Deus Benevolente, Sábio e Santo.”

Deus, o Criador e Senhor do Universo, tem de governá-lo.

As Escrituras ensinam muito claramente. Deus dirige o Universo Físico:

Salmo 103:19 — “O Seu Reino domina sobre tudo.”

Jó 9:5-7 — “Ele é o que remove os montes, sem que o saibam, e o que os transtorna no Seu furor. O que sacode a Terra do seu lugar, e as suas colunas estremecem. O que fala ao Sol, e ele não nasce, e sela as estrelas.”

Jó 37:10 — “Pelo sopro de Deus se dá a geada, e as largas águas se congelam.”

Jó 38:12-35 — “Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar; Para que pegasse nas extremidades da Terra, e os ímpios fossem sacudidos dela; E se transformasse como o barro sob o selo, e se pusessem como vestidos; E dos ímpios se desvie a sua luz, e o braço altivo se quebrante; Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo? Ou descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte? Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da Terra? Faze-mo saber, se sabes tudo isto. Onde está o caminho onde mora a luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar; Para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa? De certo tu o sabes, porque já então eras nascido, e por ser grande o número dos teus dias! Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva, Que Eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra? Onde está o caminho em que se reparte a luz, e se espalha o vento oriental sobre a Terra? Quem abriu para a inundação um leito, e um caminho para os relâmpagos dos trovões, Para chover sobre a Terra, onde não há ninguém, e no deserto, em que não há homem; Para fartar a terra deserta e assolada, e para fazer crescer os renovos da erva? A chuva porventura tem pai? Ou quem gerou as gotas do orvalho? De que ventre procedeu o gelo? E quem gerou a geada do céu? Como debaixo de pedra as águas se endurecem, e a superfície do abismo se congela. Ou poderás tu ajuntar as delícias do Sete-Estrelo ou soltar os cordéis do Órion? Ou produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos? Sabes tu as ordenanças dos Céus, ou podes estabelecer o domínio deles sobre a Terra? Ou podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra? Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui?

Salmo 104:14 — “(Deus) Faz crescer a erva para o gado, e a verdura para o serviço do homem, para fazer sair da terra o pão”

Salmo 147:16-18 — “O que dá a neve como lã; esparge a geada como cinza; O que lança o seu gelo em pedaços; quem pode resistir ao seu frio? Manda a Sua Palavra, e os faz derreter; faz soprar o vento, e correm as águas.

Mateus 5:45 — “Porque faz que o Seu Sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.

Essas passagens são suficientes para mostrar que Deus tem Controle Soberano sobre toda a criação animal:

Jó 12:10 — “Na Sua mão está a alma de tudo quanto vive, e o espírito de toda a carne humana.”

Salmo 104:21 — “Os leõezinhos bramam pela presa, e de Deus buscam o seu sustento.

Salmo 104:28-29 — “Dando-lho Tu, eles o recolhem; abres a Tua mão, e se enchem de bens. Escondes o Teu rosto, e ficam perturbados; se lhes tiras o fôlego, morrem, e voltam para o seu pó.

Mateus 6:26 — “Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai Celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

Mateus 10:29 — “Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai.”

Sobre as nações, é claro que Elemultiplica as nações e as faz perecer; dispersa as nações e de novo as reconduz.” — Jó 12:23. “Porque o Reino é do Senhor e Ele domina entre as nações.” — Salmo 22:28.

Ele reina sobre o nascimento dos homens:

I Samuel 16:1 ― “Então disse o Senhor a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o Eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos Me tenho provido de um rei.”

Ester 4:14 ― “Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e Quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?”

Há três teorias que se opõem à Doutrina da Providência, uma das mais queridas doutrinas que todos os Cristãos a amam como preciosa. Tais teorias são Naturalismo, Fatalismo e Panteísmo.

O Naturalismo afirma ser a natureza a realidade total. Goethe disse que: “A natureza é a viva e visível túnica de Deus.” O Naturalismo é o sistema dos que crêem que a natureza é a autora de si mesma. Pascal disse que “a natureza tem perfeições para ilustrar que ela é a imagem de Deus e defeitos para mostrar que ela é apenas Sua imagem.” O Naturalismo não pode “arrancar” de Deus o comando de todas as coisas criadas por Ele e mantidas por Sua Providência.

Não podemos dar à natureza a Providência que já pensamos ser um problema para nós, quando a colocamos como um Atributo de Deus. Deus Infinitamente Sábio, de Infinito Poder que providenciou todas as coisas criadas por Si mesmo, é um problema que temos de solver. Imaginemos o que seria tomarmos de Sua Inteligência e de Seu Poder a responsabilidade de providenciar tudo e dá-lo à natureza para submeter às leis criadas por Deus? É melhor descansar na Providência de Deus, sabendo que Deus é o Senhor da natureza e a faz realizar o que Ele quer que ela faça. CALVINO chegou a esse ponto e teve a coragem de não tentar defender a Deus, quando ele não tentou afirmar que Deus predestinou os homens, não só para a Salvação, como também para a perdição. O que fazem homens como Karl Barth criarem o Universalismo Cristão e um tipo de predestinação para satisfazer àqueles que intentam defender a Deus. Jesus Cristo foi predestinado, diz Barth, para salvar todos os homens e todos os seres humanos são salvos em Cristo (o que não é verdade!).

É um Universalismo muito semelhante ao Cristianismo, porque os predestinados para a Salvação o são por Cristo, e a Bíblia afirma que Ele morreu por todos os homens,* porém é necessário crer nEle para ser salvo e somente aqueles cujos nomes estão escritos no Livro da Vida são capazes de crer.

THIESSEN, em seus Estudos Introdutórios de Teologia Sistemática (Pp. 187-188), enfrentou o problema da Providência ante a Liberdade do homem e a Oração. Vale a pena ouvir o que ele diz: “Relação de Providência e Liberdade. Necessitamos apenas sumarizar aqui o que já foi dito. Primeiro, que tudo, Deus algumas vezes permite ao homem fazer o que lhe agrada; Segundo, Deus algumas vezes impede o homem de fazer o que, usando a sua liberdade, faria. Ele usa circunstâncias, a influência de amigos e obstáculos internos para realização desse Propósito; Terceiro, Deus sempre revoga o que o homem faz para seus próprios fins. Ele faz até a ira do homem louvá-lO. Baseado em Sua Presciência, Ele decide que Plano porá em ação ou permite operar a fim de realizar a Sua Ordem Soberana e, quando chega a hora, Ele põe em ação qualquer método que Ele decida alcançará o Seu Propósito.”

A Relação de Providência e Oração. Alguns afirmam que a oração não tem qualquer efeito sobre Deus, desde que Ele já decretou o que fará em cada circunstância; porém, isso é uma posição extrema; “Nada ten- des, porque não pedis." (Tiago 4:2) não deve ser deixado de lado. Os fatos parecem-nos ser estes, que Deus, algumas vezes, age apenas em resposta à oração; algumas vezes sem que alguém ore; e também Ele age, algumas outras vezes, ao contrário das orações feitas. Em Sua Presciência, novamente Ele tem considerado todas essas coisas e, em Sua Providência, Ele as realiza de acordo com Seu Propósito e Plano. Se não oramos por coisas que devamos ter por meio da oração, não as teremos. Se Ele quer coisas pelas quais ninguém ora, Ele as fará sem a oração de qualquer pessoa. Se nós oramos por coisas contrárias à Sua Vontade, Ele Se recusa a concedê-las. Assim uma perfeita harmonia entre Presciência, Decretos e Providência de Deus."

Nosso Deus é Soberano!

Nosso Deus e um Deus Presciente!

Nosso Deus quer que todos os Eleitos se salvem, somente pela Graça através da Fé.

Nosso Deus predestinou todos os que têm de crer e receber Sua Soberana Graça pela Fé. O velho CALVINO chamou à atenção para a “Total Inabilidade do homem” para prover a sua Salvação por qualquer meio, incluindo pelas obras. Do nosso pecaminoso coração é impossível conseguir a Perfeição requerida pela Santidade e Perfeição de Deus, o que traz a “total inabilidade do homem”, chegando à realidade de uma Incondicional Eleição da parte de Deus que proviu os meios de Salvação em Cristo que fez Expiação pelos pecados de todos os Eleitos: “uma Expiação Limitada”. Aqueles cujos nomes estão no Livro da Vida são capazes de ir através da vida má e imperfeita, porém, perseverando na Fé sob o amor de Deus.

Nos dias modernos, alguns homens considerados por muitos como grandes teólogos, construíram o que eles pensaram seria uma interpretação da Teologia de CALVINOproclamando que todos os homens são predesti-nados e soberanamente chamados, inventando, assim um Universalismo baseado em um tipo de predestinação que JOÃO CALVINO nunca imaginou.

Karl Barth pretendeu ser um Calvinista. CORNELIUS VAN TIL em “Karl Barth e Evangelismo”, citando Barth na p. 23, diz: "Oh, eu vejo, diz Barth com efeito. Você ouvia a respeito de meu ponto de vista sobre Elei- ção. Você ouviu que eu tenho posto a Doutrina da Eleição em uma nova base. Eu tenho mostrado contra CALVINO e outros que eleição não é questão de uma pessoa, Jacó, sendo finalmente salvo, e de uma outra pessoa, Esaú, sendo finalmente perdido. Eu também mostrei que o ponto de vista verdadeiro da Escritura sobre a Eleição significa que a Palavra final de Deus ao homem, como homem, é sim. Eu posso chamar isso um verdadeiro “Universalismo Bíblico”. Para mim a essência do Evangelho é a Eleição dos homens, de todos os homens em Cristo.”

Por que, então, devemos obedecer a Jesus Cristo e ir a todas as partes do mundo para pregar o Evangelho a toda criatura? Diferente do Cristo de Barth, o Cristo da Bíblia não ensinou que todos os homens tinham sido eleitos nEle para a Salvação. Ele nada sabia sobre o tal "Universalismo Bíblico.”

Para Barth, “quando a Igreja sai para pregar o Evangelho aos homens, deve dizer-lhes que eles já estão em Cristo para que venham a ser o que eles são nEle.”

Assim, temos visto que o conteúdo da Teologia da Reforma é o mesmo, tanto no século XVI ou no século XX: o mesmo Deus, Todo-Poderoso e Soberano, e o mesmo homem incapaz de captar a grandeza de Seu Plano para a Salvação para Sua glória para sempre. Vamos, pois, depender cada vez mais de Sua Palavra revelada e cada vez menos do pensamento dos homens, não importa quão brilhantes eles possam ser considerados.

A Teologia da Reforma deve sempre ser a de Sola Scriptura e total dependência dela. As tentativas para fazer a Revelação de Deus mais clara do que Ele entendeu que ela fosse, têm sempre resultado em desastre e invariavelmente levam a heresia.

Deixemos a Bíblia como Revelada por Deus com seus mistérios e figuas permanecer só, como o Manual de nossa Reforma e que possamos to- dos nós, através do Poder do Espírito Santo, ser fortes em nossa Fé comum e trabalharmos para Ele como Presbiterianos Reformados. Que a nossa atenção cresça para a Glória do Primeiro e do Último, o Deus Único e Verdadeiro. Amém!

* No sentido de reconciliar Deus com o mundo, não que todos venham a ser salvos, por- que a Salvação de cada ser humano está condicionada a estar sendo reconciliado com Deus (II Coríntios 5:18-20). A morte de Cristo assegurou para todos os homens um adiamento na execução contra o pecado, um espaço para Arrependimento, e as bênçãos comuns de vida que tinham sido perdidas pela transgressão; removeu da mente de Deus todo o obstáculo para o perdão do penitente e restauração do pecador, exceto sua oposição deliberada a Deus e rejeição dEle; obteve para o incrédulo os incentivos poderosos para o arrependimento apresentado na cruz, pelos meios da pregação dos Servos de Deus e através da Obra do Espírito Santo; proveu Salvação àqueles que não pecaram deliberada e pessoalmente (isto é, aqueles que pecaram na infância ou aqueles que nunca foram responsáveis mentalmente) e assegurou sua aplicação a eles; e tornou possível a restauração final da própria criação. Concluímos que a Expiação é ilimitada no sentido de que é disponível para todos; é limitada naquilo que está efetivo somente àqueles que crêem. É disponível para todos, mas eficiente somente para os Eleitos (THIESSEN, pp.241-242). Assim também apresentado na Confissão de Fé de Westminster, e é bem diferente do Universalismo de Barth.


Rev. ISRAEL FURTADO GUEIROS, M.D., D.D. (1907-1997)


O Rev. Dr. ISRAEL FURTADO GUEIROS nasceu no dia 20 de setembro de 1907 em Garanhuns, PE. Recebeu seu Grau de Bacharel em Teologia pelo Seminário Evangélico do Norte, em Recife, PE. Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Recife, em 1942.

.Foi Pastor da Igreja Presbiteriana do Recife (1932-1984), até a sua jubilação, tendo antes pastoreado as Igrejas Presbiterianas de Gameleira e Jatobá, PE (1931-1932). Também pastoreou a Igreja Presbiteriana de Natal, RN, em duas ocasiões (1933; 1934-1936).

Recebeu, nos Estados Unidos, dois graus de Doutor em Divindade Honoris Causa: um pelo Seminário Teológico da Fé, Wilmington, Delaware; e outro pela Faculdade Shelton, em Cape May, New Jersey.

Foi Professor de História Eclesiástica e Filosofia, e Deão e Reitor do Seminário Presbiteriano do Norte (1949), novo nome do Seminário Evangélico do Norte (a partir de 1948), e depois igualmente no Seminário Teológico do Brasil, hoje Seminário Teológico Presbiteriano Fundamentalista do Brasil.

Foi, em várias gestões, Moderador do Presbitério de Pernambuco da Igreja Presbiteriana do Brasil, e do Sínodo Setentrional dessa mesma Denominação.

Em 1956, foi expulso da Igreja Presbiteriana do Brasil, julgado por um tribunal irregular, por denunciar o Modernismo Teológico no Seminário Presbiteriano do Norte e por ter fundado o Seminário Teológico do Brasil.

A Igreja Presbiteriana do Recife, da qual era Pastor, resolveu, então, renunciar à Jurisdição da Igreja Presbiteriana do Brasil. Esta atitude contou com a adesão das Igrejas Presbiterianas do Catonho (Garanhuns, PE), do Fama (Jucati, PE) e do Bongi (Recife, PE), cujos Pastores, os Revs. AGGEU VIEIRA, RODERICK CARNEIRO DE MELO e FRANCISCO GUEIROS, respectivamente, também haviam sido expulsos da IPB. Estas quatro igrejas, no dia 21 de setembro de 1956, juntamente com os Ministros acima, se reuni-am, fundando o Presbitério do Norte da Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil. A IPF do Brasil é uma Organização Eclesiástica Fiel à Bíblia, que combate o Modernismo Teológico, o Ecumenismo, o Carismatismo e outros “ismos” contrários à Palavra de Deus. Nessa Reunião, o Dr. ISRAEL GUEIROS foi eleito Moderador. Uma das decisões do Presbitério do Norte da IPF do Brasil foi filiar-se ao Concílio Internacional de Igrejas CristãsCIIC, à Aliança Latino-Americana de Igrejas CristãsALADIC, e à Confederação de Igrejas Evangélicas Fundamentalistas do BrasilCIEF.

O Dr. ISRAEL GUEIROS foi eleito Presidente da CIEF em 1958, por ocasião da II Assembléia Geral da CIEF, no Rio de Janeiro, e Presidente da ALADIC em 1960, por oca- sião do V Congresso da ALADIC, em Buenos Aires, Argentina. Em 1962 foi eleito Vice-Presidente do CIIC para o Norte do Brasil, por ocasião do V Congresso Mundial do CIIC, em Amsterdam, Holanda; e Primeiro-Vice-Presidente do CIIC, por ocasião do VIII Congresso Mundial do CIIC, em Cape May, Nova Jersey, EUA, em 1968. Ocupou a Presidência do CIIC em 1975, quando o Presidente, Dr. CARL McINTIRE, foi deportado do Kênia, País Africano em cuja capital, Nairóbi, ocorreu o IX Congresso Mundial do CIIC, ocasião em que foi eleito Vice-Presidente da Associação Internacional Presbiteriana e Reformada.

O presente artigo foi publicado originalmente no Jornal A DEFESA, Ano XV, julho a novembro de 1975.

O Dr. ISRAEL GUEIROS, o maior Líder Fundamentalista Brasileiro, foi chamado ao Lar no dia 15 de novembro de 1997.


PUBLICAÇÕES BÍBLICAS

DECLARAÇÃO DOUTRINÁRIA


Entre outras Verdades igualmente Bíblicas, cremos e sustentamos as seguintes:

1. A Inspiração Divina Plenária e Verbal das Escrituras nos idiomas originais, a sua conseqüente Inerrância e Infalibilidade e, como a Palavra de Deus, sua Autoridade Suprema e Final em Fé e Vida;

2. A Personalidade Sobrenatural do Deus Triúno: Pai, Filho e Espírito Santo;

3. A Deidade Essencial, Absoluta e Eterna do Senhor Jesus Cristo, assim como a Sua Humanidade, que O fez em tudo semelhante ao homem, exceto no pecado;

4. A Concepção Sobrenatural e o Nascimento Virginal de nosso Senhor Jesus Cristo;

5. Sua Morte Vicária e Expiatória, em que Ele deu a Sua vida “em resgate de muitos”;

6. Sua Ressurreição dentre os mortos no mesmo corpo com o qual Ele foi crucificado, e a Sua Segunda Vinda em poder e grande glória;

7. A Depravação Total do homem por causa da Queda;

8. Salvação o efeito da Regeneração pelo Espírito e pela Palavra não através de obras nem em virtude do batismo ou de qualquer rito ou ritual eclesiástico, mas unicamente pela Soberana Graça de Deus mediante a Fé em Cristo Jesus;

9. A Eterna Bem-Aventurança dos Salvos e o eterno sofrimento dos perdidos;

10. A Real Unidade Espiritual em Cristo de todos os redimidos por Seu precioso sangue;

11. A Cessação dos Dons de Sinais Apostólicos com o fechamento do Cânon do Novo Testamento;

12. A Necessidade da Manutenção da Igreja Visível, Separada, Pura e Livre do Ecumenismo Romanista, do Modernismo Teológico, do Neo-Evangelicismo, do Carismatismo e de todos os outros “ismos” contrários à Palavra de Deus, tudo de conformidade com os ditames desta mesma Palavra de Deus que é a Bíblia Sagrada.

E ainda, crendo ser o Credo Apostólico a afirmação de Verdades Bíblicas, nós o incorporamos, portanto, a estes artigos de Fé.






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6. Sua Ressurreição dentre os mortos no mesmo corpo com o qual Ele foi crucificado, e a Sua Segunda Vinda em poder e grande glória;

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